A Gruta da Praça XV


A gruta e a ponte ornamental foram destruídas na modernização da Praça XV, em 1925, na gestão Otávio Rocha (foto abaixo)

A Praça XV de Novembro, sendo uma das mais importantes áreas centrais da cidade, já passou por muitas transformações ao longo da História. Nos primeiros anos do século 19, o lugar, sem urbanização, já era conhecido como Praça (ou Largo) do Paraíso. Em 1842, ali foi construído um primeiro mercado. O espaço foi ocupado por quitandeiros e vendedores de peixe. Para auxiliar a chegada dos produtos, que vinham de carreta ou pelo rio, foi criada uma doca onde hoje está a Praça Parobé. Com a inauguração do atual Mercado Público, na virada dos anos de 1860 para os de 1870, a praça foi rebatizada com o nome de Conde D’Eu e se cogitou uma efetiva urbanização, que acabou só acontecendo no início da década 1880, quando foram implantadas melhorias, como a construção de um primitivo chalé de madeira, arborização e instalação de gradis de ferro, com quatro portões de acesso aos jardins. Em 1881, o logradouro ganhou uma gruta e uma ponte ornamental, que teriam sido projetos encomendados pela prefeitura ao cenógrafo italiano Oreste Colliva. Três anos depois, a praça ganhou um lindo chafariz de ferro, que hoje está no Parque Farroupilha. Em 1889, a Proclamação da República ensejou que o nome fosse trocado pelo atual, Praça XV de Novembro. Em 1911, foi inaugurado o belo Chalé que até hoje lá está. Em 1919, a doca foi aterrada e, ali, foi criada a Praça Parobé. Em 1925, na gestão de Otávio Rocha, a Praça XV passou por novas mudanças. A gruta foi demolida e o chafariz foi transferido para o centro da Praça Parobé, onde ficou até ser transferido, no início dos anos de 1940, para a Redenção (Parque Farroupilha).


O chafariz de ferro fundido, que estava na Praça XV, foi transferido, em 1925, para a recém-criada   Praça Parobé

Fonte: Jornal Zero Hora, de 8 de dezembro de 2014