Com o Pisa vai dar banho

Imagem de Vera Petersen – PMPA

Uma sigla de quatro letras – Pisa – encerra um trabalho de dimensões inéditas que promete reaproximar os porto-alegrenses do Guaíba. Trata-se do Projeto Integrado Socioambiental. Suas obras, iniciadas em dezembro de 2007 em fase de conclusão, colocarão fim ao lançamento diário de 145 mil metros cúbicos de esgoto não tratado no Guaíba. 
Com o processamento desse volume até então despejado in natura nas águas do lago, o índice de tratamento de esgoto da Capital saltará dos atuais 27% para 77%. Em consequência, a balneabilidade do Guaíba será recuperada e banhar-se nas suas águas deixará de representar risco de contaminação. 

Imagem de Guilherme Santos – PMPA

Prefeito banhista

Ao falar sobre o Pisa, vem à memória do prefeito José Fortunati o tempo em que ele, na década de 1970, então um jovem recém-chegado à Capital, tomava banho no Guaíba. “Eu ia à praia em Ipanema e lá tomava banho tranquilamente”, recorda Fortunati, que se mudou de Flores da Cunha para uma Porto Alegre de 900 mil habitantes. O prefeito avalia que o Pisa “é antes de tudo uma obra de saúde pública” e que investir em saneamento básico “é investir na qualidade de vida”. Fortunati projeta que já em 2014 a população poderá tomar banho no Guaíba sem receio de contrair doenças, como ele próprio fazia em Ipanema. Os técnicos estimam que até 2028  haverá a redução de mais de 99%  dos coliformes fecais lançados na  extensão entre a foz do arroio Dilúvio  e a praia de Ipanema.

A maior obra de saneamento da história de Porto Alegre tem custo previsto de R$ 586 milhões. Executada em várias frentes de trabalho, instalará 187,7 quilômetros de tubulações, redes coletoras, emissários terrestres e subaquáticos, estações de bombeamento e de tratamento e chaminés de equilíbrio (a da Avenida Diário de Notícias se dará ao luxo de oferecer um mirante panorâmico). O Pisa beneficiará diretamente mais da metade da população da Capital com a coleta e o tratamento do esgoto cloacal. O sistema de abastecimento da cidade também melhorará e será menos oneroso com a redução do uso de químicos para tratar a água bruta.

FONTE: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/