Luiz Antonio de Assis Brasil

Luiz Antonio de Assis Brasil

Nascido em Porto Alegre no ano de 1945, Luiz Antonio de Assis Brasil é um dos mais importantes autores brasileiros de sua geração. Formado em Direito e Doutor em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, o escritor possui uma vigorosa carreira acadêmica, tendo lecionado disciplinas nas universidades de Sorbonne, Toronto, Leipzig e Açores. Na PUCRS, criou e coordena até hoje a Oficina de Criação Literária, já contando 25 anos. Suas obras tratam de temas históricos como a imigração açoriana (Um quarto de légua em quadro) e os mitos do tradicionalismo gaúcho (A prole do corvo), além de carregarem um forte teor de discussão sobre estética e importância da arte na sociedade. 

Cronologia

1945 – No dia 21 de junho, em Porto Alegre, nasce Luiz Antonio de Assis Brasil, filho de Amilcar de Assis Brasil e Silva e Glacy Pereira de Assis Brasil e Silva. Logo, ocorre a mudança da família para Estrela.

1957 – A família de Assis Brasil retorna a Porto Alegre.

1963 – Assis Brasil conclui o Curso Clássico no Colégio Anchieta, onde estudara desde o ginásio.

1965 – Ingressa no Curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo, passa a integrar a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, como violoncelista.

1967 – Afasta-se da OSPA, em dezembro, só retornando em 1971.

1968 – Faz estágio no 3º Regimento de Cavalaria do Exército, em São Luiz Gonzaga, após completar o Curso Preparatório para Oficiais do Exército

1969 – Transfere-se para o Estabelecimento Regional de Material de Intendência, em Porto Alegre.

1970 – Forma-se em Direito pela PUCRS.

1972 – Inscreve-se na Ordem dos Advogados do Brasil – Secção do Rio Grande do Sul, passando a exercer a profissão.

1974 – A convite do jurista Paulo Brossard, Assis Brasil o substitui em algumas aulas de Direito Civil, na Faculdade de Direito da PUCRS. Em julho, o escritor sofre uma intervenção cirúrgica, com risco gravíssimo de vida. Enquanto convalesce, começa a escrever Um quarto de légua em quadro.

1975 – Em março, Assis Brasil ingressa oficialmente no quadro docente da Faculdade de Direito da PUCRS. Passa a colaborar com a imprensa gaúcha, inicialmente no Caderno de Sábado, do Correio do Povo, escrevendo sobre história e literatura.

1976 – Publica Um quarto de légua em quadro, pela editora Movimento. Em junho, Assis Brasil assume o cargo de diretor da seção de Atividades Artísticas da Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Porto Alegre.

1977 – O Prêmio Ilha de Laytano é concedido ao autor pela obra Um quarto de légua em quadro, considerada como a melhor obra sobre o Rio Grande do Sul publicada no ano anterior. Nesse ano, afasta-se em definitivo da OSPA, por impossibilidade de se dedicar integralmente à música.

1978 – É lançada a obra A prole do corvo, novamente pela Editora Movimento. Assis Brasil preside pela primeira vez o Prêmio Açorianos, da Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Passa a dirigir a Revista de Direito e Justiça da PUCRS.

1970 – O autor assume a direção da Divisão de Cultura de Porto Alegre, implantando projetos de apoio às artes e à literatura.

1981 – Lançamento de Bacia das Almas, pela L&PM.

1982 – Lançamento de Manhã transfigurada, também pela L&PM.

1983 – Assis Brasil assume a direção do Instituto Estadual do Livro. Integra o Conselho Estadual de Cultura, onde permanece até 1987.

1984 – Com bolsa do Instituto Göethe, o escritor viaja à Alemanha.

1985 – Lançamento de As virtudes da casa, pela Mercado Aberto. Assis Brasil assume a coordenação da Oficina de Criação Literária, do Curso de Pós-Graduação da Faculdade de Letras da PUCRS.

1986 – Lançamento de O homem amoroso, pela Mercado Aberto. Assume a Subsecretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul.

1987 – Com a obra Cães da província, Assis Brasil recebe o grau de Doutor em Letras, pela PUCRS. O lançamento desse livro ocorre no final desse mesmo ano.

1988 – Inicia e conclui, no Diário do Sul, a publicação do folhetim Breviário das terras do Brasil. Recebe o Prêmio Literário Nacional, conferido pelo Instituto Nacional do Livro e é indicado para o Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro, por Cães da província. Recebe o Prêmio Literário Erico Verissimo, da Câmara de Vereadores de Porto Alegre.

1990 – O escritor é convidado a lecionar a disciplina de Literatura Brasileira na Universidade dos Açores, durante os meses de janeiro e fevereiro. Lança Videiras de cristal, pela editora Mercado Aberto.

1992 – Realiza a investigação de pós-doutoramento nos Açores, sobre a obra do escritor insular José Martins Garcia. Lança Perversas famílias, o primeiro volume da trilogia Um castelo no pampa, editado pela Mercado Aberto,

1993 – Lança o segundo volume de Um castelo no pampa, com o título Pedra da memória. Recebe a Medalha da Cidade de Porto Alegre, pelos serviços prestados à comunidade.

1994 – Lança Senhores do século, terceiro volume de Um castelo no pampa, editado pela Mercado Aberto. Recebe Menção Honrosa do Prêmio Pégaso de Literatura (Bogotá, Colômbia) por Perversas famílias. Profere conferências em Berlim, Eichstätt e Heidelberg sobre Um castelo no pampa.

1997 – O autor é eleito Patrono da 47ª Feira do Livro, ao mesmo tempo em que lança Concerto campestre, Breviário das terras do Brasil e Anais da Província-Boi.

1998 – É palestrante convidado da Brown University, em Providence, nos Estados Unidos.

2000 – Participa do programa Distinguished Brazilian Writer in Residence, na Universidade de Berkley, Califórnia.

2001 – Publica O pintor de retratos e recebe o Prêmio Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional.

2003 – Lançamento do livro A margem imóvel do rio (L&PM), que é contemplado com os prêmios Portugal Telecom de Literatura Brasileira, Jabuti (Câmara Brasileira do Livro) e Açorianos de Literatura (Prefeitura de Porto Alegre).

2006 – Participa do programa oficial do Ministério da Cultura, com palestras Tübingen, Leipzig e Berlim. Música perdida (L&PM) é lançada no mesmo ano. O livro recebe indicação ao Prêmio Jabuti.

2008 – Publica Ensaios íntimos e imperfeitos.

2010 – Assis Brasil segue com sua coluna quinzenal no jornal Zero Hora. Também profere palestras nas universidades de Sorbonne e Toronto. No dia 5 de maio, o autor assina documento através do qual efetua a doação de seu acervo literário ao Delfos – Espaço de Documentação e Memória Cultural, da PUCRS. Em outubro, o recém-eleito governador Tarso Genro indica o nome do escritor para a Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul.

FONTE: http://www.pucrs.br/delfos/?p=assisbrasil